Filiação de Simões no PSD e o papel de Betim no cenário de 2026

O cenário político mineiro começa a se desenhar de forma mais nítida. Ainda que estejamos em um período de indefinições e articulações iniciais, alguns movimentos recentes já sinalizam o rumo que a sucessão estadual poderá tomar.

Nesta semana, a filiação do vice-governador Matheus Simões ao PSD foi um desses marcos.

O evento, prestigiado e simbólico, contou com a presença de Gilberto Kassab, uma das figuras mais hábeis da política nacional, e de líderes de peso como os prefeitos Paulo Sérgio Ferreira (Uberlândia), Guilherme Guimarães (Montes Claros) e Elisa Araújo (Uberaba), além do vice-prefeito de Contagem, Ricardo Faria, e prefeitos do Médio Paraopeba, como Arnaldo Chaves (Igarapé).

Esse encontro, no qual também estive presente, mostrou a força de uma frente que se forma do centro à centro-direita, sem a presença marcante da extrema-direita, que parece ainda manter certa distância dessa ideia — ao menos por ora.

A filiação de Matheus ao PSD fortalece duas figuras importantes: ele próprio, como possível nome ao Governo de Minas, e Marcelo Aro, que desponta como potencial candidato ao Senado.

Esse movimento, somado à boa articulação de Tadeu Leite Júnior, presidente da Assembleia Legislativa — jovem, dinâmico e habilidoso —, demonstra que as “peças do tabuleiro” estão se movendo. Tadeu, pela sua ascensão calculada, também pode ocupar espaço relevante na disputa, seja compondo uma chapa, seja pleiteando um posto majoritário.

No meio desse cenário, Betim e suas lideranças políticas não podem permanecer à margem. Nosso compromisso é com o municipalismo e com a defesa de uma Minas que enxergue suas cidades como protagonistas do desenvolvimento.

Tenho visto em Matheus Simões um perfil aberto ao diálogo federativo, capaz de compreender que o Estado só se fortalece quando os municípios também avançam.

Minha posição, como prefeito e filiado ao União Brasil, precisa estar sempre alinhada ao fortalecimento do partido e aos princípios que defendemos: gestão eficiente, responsabilidade fiscal e compromisso com o equilíbrio político — afastando qualquer forma de extremismo, que é nociva à governabilidade e à estabilidade de que o Estado precisa.

A aproximação entre PSD e União Brasil em nível nacional cria um campo fértil para alianças locais, o que naturalmente favorece a pré-candidatura de Matheus Simões.

No entanto, o União Brasil ainda aguarda definições estratégicas que podem redefinir o jogo — como, por exemplo, a possível filiação de Rodrigo Pacheco, que, se concretizada, representaria outro movimento de grande impacto, agradando ao centro e até buscando um eleitorado de centro-esquerda.

Certamente, essa hipótese — devido às circunstâncias, sobretudo do PL, que não pode abrir mão de sua principal figura na campanha proporcional — é hoje o principal desafio para Matheus consolidar sua base e projetar sua candidatura em todo o território estadual.

No contexto de Betim e sua influência em nossa região, que alcança hoje quase um milhão de eleitores, há ainda a possibilidade — mesmo que remota — de uma candidatura do ex-prefeito Vittorio Medioli, o que colocaria a cidade em posição diferenciada e com forte poder de influência no pleito.

Revestido de gratidão, e como betinense grato por tudo o que o ex-prefeito fez pela nossa cidade, seria um caminho a seguir. A dificuldade está em imaginar qual agremiação sustentaria essa candidatura, que qualificaria — e muito — a disputa do ano que vem.

Outras lideranças regionais também podem emergir, compondo um cenário plural, mas concentrado em torno de nomes com capacidade de gestão e diálogo.

O que se vê, portanto, é o início do jogo. As articulações estão em curso, e quem souber marcar território desde já ganha vantagem estratégica. A filiação de Matheus foi, nesse sentido, um movimento inteligente — um passo inicial que posiciona e dá visibilidade.

Em política, o planejamento é sempre o diferencial de uma vitória. Assim como vivi em Betim — quando, em outubro de 2023, deixei a iniciativa privada e iniciei uma caminhada que resultou na eleição de 2024 —, percebo que a disputa estadual de 2026 começou, com gestos, articulações e alianças que se definirão no primeiro quadrimestre do ano que vem.

Fato é que o Estado precisa de um governo de continuidade, mas não de continuísmo. Já dizia isso em relação a Betim, em 2024. É necessário preservar os avanços do governo Zema — como o cumprimento dos repasses municipais e o pagamento em dia do funcionalismo —, mas também recuperar a presença política e institucional de Minas no cenário nacional e afastar aquilo que não deu certo.

Precisamos voltar a ser um Estado influente, com obras estruturantes e políticas públicas que garantam a Minas a grandiosidade que seu povo merece.

E é com esse espírito — de equilíbrio, diálogo e construção — que Betim, juntando suas lideranças locais, no que depender de nossa vontade, definirá seus rumos neste novo ciclo político que se inicia.

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