O Futuro do Parque de Exposições: cuidar dos animais, recuperar um patrimônio e resgatar lazer e cultura

O Parque de Exposições David Gonçalves Lara é um símbolo da história e da transformação de Betim.

Concebido ainda na gestão do prefeito Ivair Nogueira, o parque nasceu para suprir uma necessidade de lazer e de convivência coletiva em uma época em que a cidade carecia de espaços estruturados para grandes eventos, como o Betim Rural e a tradicional Feira da Paz — ambos criados, ainda, na gestão do prefeito Oswaldo Franco.

Foi Ivair Nogueira quem deu forma ao terreno e iniciou as obras do parque, e coube à prefeita Maria do Carmo equipá-lo, construindo palco, quiosques e toda a infraestrutura que, por muitos anos, abrigou algumas das maiores celebrações da cidade.

Com o passar dos anos, contudo, a cidade cresceu, e a região Norte se adensou com milhares de novos moradores.

As transformações urbanas trouxeram consigo mudanças no perfil do entorno e, com elas, vieram também restrições.

Por meio de decisões judiciais, festas e eventos de grande porte foram gradualmente proibidos, especialmente aqueles que ultrapassavam os limites estabelecidos nos decretos e o horário das 22 horas.

Assim, eventos que marcaram gerações — como a própria Feira da Paz — deixaram de acontecer, e o parque, antes um polo de lazer e cultura, mergulhou em um período de ociosidade.

Na gestão do prefeito Vittorio Medioli, já impossibilitado de sediar grandes eventos e circundado por novos condomínios, o parque encontrou uma nova função emergencial: acolher os animais abandonados nas ruas de Betim.

Nascia ali a Superintendência de Proteção Animal, iniciativa inédita no município. A medida foi uma resposta imediata a um grave problema urbano e sanitário — afinal, estima-se que Betim abrigue hoje mais de 20 mil cães e 13 mil gatos abandonados.

O espaço, que antes recebia gado e cavalos, passou a acolher cães e gatos resgatados, e o serviço foi se estruturando até tornar-se, já nesta gestão, a Secretaria Adjunta de Proteção Animal, com orçamento superior a R$ 11 milhões anuais.

Contudo, a realidade é clara: o local não é adequado para o bem-estar desses animais.

Os galpões e quiosques não oferecem o conforto, o espaço e o ambiente necessários para uma vida digna.

Daí surgiu, ainda na segunda metade da gestão de Vittorio Medioli — e agora retomado pela atual administração —, o projeto de requalificação do Parque de Exposições.

A proposta é dividir o espaço em três grandes eixos: o primeiro, voltado ao lazer e ao entretenimento, devolvendo à população o palco, as arquibancadas e os quiosques como áreas de convivência, gastronomia e cultura, com eventos de novos conceitos, duradouros e de alta qualidade.

O segundo prevê intervenções urbanísticas na área próxima à PUC, abrindo novas vias e garantindo maior fluidez ao trânsito da Rua do Rosário.

Já o terceiro eixo será destinado a viabilizar a transferência da Secretaria de Proteção Animal para um espaço próprio, mais adequado e humanizado, por meio de termos de ajustamento e de parcerias público-privadas.

Essa reorganização permitirá que Betim resgate um de seus marcos históricos sem abrir mão da responsabilidade com a causa animal.

A nova estrutura — planejada com base em critérios de bem-estar, acessibilidade e parcerias — criará um ambiente onde os animais possam viver e ser tratados com dignidade, enquanto o parque volta a pulsar com shows, feiras, eventos gastronômicos e convivência familiar.

É com esse propósito — unir respeito ao passado, responsabilidade social e visão de futuro — que o Governo Municipal propõe devolver ao Parque David Gonçalves Lara o papel que sempre teve: o de ser um espaço de encontro, alegria e identidade betinense.

Claro, adequado às novas exigências de organicidade e de espaço urbano que a região e toda Betim demandam.

Com o diálogo da Câmara Municipal e a participação da comunidade, o projeto poderá ser concretizado até o primeiro semestre de 2026, simbolizando um novo ciclo de revitalização urbana, cultural e humana em Betim.

Sem demagogia e com total transparência, é possível, sim, resolver um problema de anos.

Mas, para isso, não precisamos de proselitismos. Governar é fazer escolhas. Erra quem, por oportunismo, tenta jogar a população contra avanços importantes, movido apenas pela necessidade de aparecer.

O prefeito que escreve estas palavras está tranquilo, pois, ao final, quem vai aprovar esse avanço para Betim é o seu povo, democraticamente representado pelos seus vereadores.

Avante!

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