O prefeito Heron Guimarães participou, na tarde deste sábado (8), do Segundo Encontro das Casas de Matriz Afro, realizado no quintal da Casa da Cultura Josephina Bento. O evento celebrou a força das tradições afro-brasileiras e reafirmou o papel da fé, da cultura e da ancestralidade na formação de Betim.

Em seu discurso, Heron destacou que a liberdade religiosa é um direito que deve ser garantido e respeitado em todas as suas expressões, lembrando que a cidade tem apoiado diversas manifestações de fé ao longo do ano — como a Marcha para Jesus e o Rebanhão do Senhor, por exemplo. “Betim é uma cidade plural, e o papel do poder público é garantir respeito, apoio e dignidade a todas as crenças”, afirmou.

O prefeito ressaltou ainda que a cidade vem consolidando uma nova história de inclusão e reconhecimento. Entre os avanços, citou o Caminhos para a Igualdade, disciplina implantada na rede municipal de ensino que promove o diálogo sobre diversidade e valorização das culturas afro-brasileira, indígena e quilombola. Destacou ainda ações como a Cozinha dos Quilombos, em fase final de execução no Quilombo dos Araújos; a posse do Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial; e a adesão de Betim à Política Nacional para Povos e Comunidades Tradicionais de Terreiro e de Matriz Africana. Segundo o prefeito, essa política será construída de forma participativa.

Ele informou também que o município pleiteia, junto ao Ministério da Igualdade Racial, a implantação da Casa da Igualdade Racial, além de avançar no projeto do Parque dos Orixás — o primeiro de Minas Gerais dedicado ao cultivo de plantas litúrgicas e medicinais. “Essas iniciativas mostram que a igualdade, para nós, não é um discurso. É um caminho sendo trilhado, todos os dias, com diálogo e com respeito”, afirmou o prefeito.

A programação do encontro contou com palestras e a entrega simbólica de esculturas em formato de mão a artistas locais, representando a força e a união dos povos de matriz africana. Contou também com a presença das deputadas estaduais Andréia de Jesus e Bella Gonçalves, que desenvolvem trabalhos em defesa dos povos tradicionais e contra o racismo religioso.